ERP
ERP (Enterprise Resource Planning) ou SIGE (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, no Brasil)
São sistemas de informação que integram todos os dados e processos de uma organização em um único sistema (Laudon, Padoveze). A integração pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de: finanças, contabilidade, recursos
humanos, fabricação, marketing, vendas, compras, etc) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio a decisão, etc).
Os ERPs em termos gerais, são uma plataforma de software desenvolvida para integrar os diversos departamentos de uma empresa, possibilitando a automação e armazenamento de todas as informações de negócios.
História do ERP
No final da década de 50, quando os conceitos modernos de controle tecnológico e gestão corporativa tiveram seu início, a tecnologia vigente era baseada nos gigantescos mainframes que rodavam os primeiros sistemas de controle de estoques – atividade pioneira da interseção entre gestão e tecnologia. A automatização era cara, lenta – mas já demandava menos tempo que os processos manuais – e para poucos.
No início da década de 70, a expansão econômica e a maior disseminação computacional geraram os MRPs
(Material Requirement Planning ou planejamento das requisições de materiais), antecessores dos sistemas ERP. Eles surgiram já na forma de conjuntos de sistemas, também chamados de pacotes, que conversavam entre si e que possibilitavam o planejamento do uso dos insumos e a administração das mais diversas etapas dos processos produtivos.
Seguindo a linha evolutiva, a década de 80 marcou o início das redes de computadores ligadas a servidores – mais baratos e fáceis de usar que os mainframes – e a revolução nas atividades de gerenciamento de produção e logística. O MRP se transformou em MRP II (que significava Manufacturing Resource Planning ou planejamento dos recursos de manufatura), que agora também controlava
outras atividades como mão-de-obra e maquinário.
Na prática, o MRP II já poderia ser chamado de ERP pela abrangência de controles e gerenciamento. Porém, não se sabe ao certo quando o conjunto de sistemas ganhou essa denominação.
O próximo passo, já na década de 80, serviu tanto para agilizar os processos quanto para estabelecer comunicação
entre essas “ilhas” departamentais. Foram então agregados ao ERP novos sistemas, também conhecidos como módulos do pacote de gestão. As áreas contempladas seriam as de finanças, compras e vendas e recursos humanos, entre outras, ou seja,
setores com uma conotação administrativa e de apoio à produção ingressaram na era da automação.
A nomenclatura ERP ganharia muita força na década de 90, entre outras razões pela
evolução das redes de comunicação entre computadores e a disseminação da arquitetura cliente/servidor – microcomputadores ligados a servidores, com preços mais competitivos – e não mais mainframes. E também por ser uma ferramenta importante na filosofia de controle e gestão dos setores corporativos, que ganhou aspectos mais próximos da que conhecemos atualmente.
As promessas eram tantas e tão abrangentes que a segunda metade daquela década seria caracterizada pelo boom nas vendas dos pacotes de gestão. E, junto com os fabricantes internacionais, surgiram diversos fornecedores brasileiros, empresas que lucraram com a venda do ERP como um substituto dos sistemas que poderiam falhar com o bug do ano 2000 – o problema na data
de dois dígitos nos sistemas dos computadores.
A importância do ERP nas corporações
Entre as mudançasmais palpáveis que um sistema de ERP propicia a uma corporação, sem dúvida, está a maior confiabilidade dos dados, agora monitorados em tempo real, e a diminuição do retrabalho. Algo que é conseguido com o auxílio e o comprometimento dos funcionários, responsáveis por fazer a atualização sistemática dos dados que alimentam toda a cadeia de módulos do ERP e que, em última instância, fazem com que a empresa possa interagir. Assim, as informações trafegam pelos módulos em tempo real, ou seja, uma ordem de vendas dispara o processo de fabricação com o envio da informação para múltiplas bases, do
estoque de insumos à logística do produto. Tudo realizado com dados orgânicos, integrados e não redundantes.
Para entender melhor como isto funciona, o ERP pode ser visto como um grande banco de dados com informações que
interagem e se realimentam. Assim, o dado inicial sofre uma mutação de acordo com seu status, como a ordem de vendas que se transforma no produto final alocado no estoque da companhia.
Ao desfazer a complexidade do acompanhamento de todo oprocesso de produção, venda e faturamento, a empresa tem mais subsídios para se planejar, diminuir gastos e repensar a cadeia de produção. Um bom exemplo de como o ERP revoluciona uma
companhia é que com uma melhor administração da produção, um investimento, como uma nova infra-estrutura logística, pode ser repensado ou simplesmente abandonado. Neste caso, ao controlar e entender melhor todas as etapas que levam a um produto final, a companhia pode chegar ao ponto de produzir de forma mais inteligente, rápida e melhor, o que, em outras palavras, reduz o tempo que o produto fica parado no estoque.
A tomada de decisões também ganha uma outra dinâmica. Imagine uma empresa que por alguma razão, talvez uma mudança nas normas de segurança, precise modificar aspectos da fabricação de um de seus produtos. Com o ERP, todas as áreas corporativas são informadas e se preparam de forma integrada para o evento, das compras à produção, passando pelo almoxarifado e chegando até mesmo à área de marketing, que pode assim ter informações para mudar algo nas campanhas publicitárias de seus produtos. E tudo realizado em muito menos tempo do que seria possível sem a presença do sistema.
Entre os avanços palpáveis, podemos citar o caso de uma indústria média norte-americana de autopeças, situada no estado de Illinois, que conseguiu reduzir o tempo entre o pedido e a entrega de seis para duas semanas, aumentando a eficiência na data prometida para envio do produto de 60% para 95% e reduzindo as reservas de insumos em 60%. Outra diferença notável: a troca de documentos entre departamentos que demorava horas ou mesmo dias caiu para minutos e até segundos.
Esse é apenas um exemplo. Porém, de acordo com a empresa, é possível direcionar ou adaptar o ERP para outros objetivos, estabelecendo prioridades que podem tanto estar na cadeia de produção quanto no apoio ao departamento de vendas como na
distribuição, entre outras. Com a capacidade de integração dos módulos, é possível diagnosticar as áreas mais e menos eficientes e focar em processos que possam ter o desempenho melhorado com a ajuda do conjunto de sistemas.
Vantagens do ERP
Algumas das vantagens da implementação de um ERP numa empresa são:
- Eliminar o uso de interfaces manuais
- Reduzir custos
- Otimizar o fluxo da informação e a qualidade da mesma dentro da organização (eficiência)
- Otimizar o processo de tomada de decisão
- Eliminar a redundância de atividades
- Reduzir os limites de tempo de resposta ao mercado
- Reduzir as incertezas do Lead_time
- Incorporação de melhores práticas (codificadas no ERP)
aos processos internos da empresa
Desvantagens do ERP
Algumas das desvantagens da implementação de um ERP numa empresa são:
- A utilização do ERP por si só não torna uma empresa
verdadeiramente integrada; - Altos custos que muitas vezes não comprovam a relação
custo/benefício; - Dependência do fornecedor do pacote;
- Adoção de melhores práticas aumenta o grau de imitação e
padronização entre as empresas de um segmento; - Torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada departamento
depende das informações do módulo anterior, por exemplo. Logo, as informações
têm que ser constantemente atualizadas, uma vez que as informações são em tempo
real, ocasionando maior trabalho;
Fatores Críticos de Sucesso
Segundo uma pesquisa Chaos e Unfinished Voyages (1995) os principais fatores críticos de
sucesso para um projeto de implantação de um ERP são:
- Envolvimento do Usuário
- Apoio da direção
- Definição clara de necessidades
- Planejamento adequado
- Expectativas realistas
- Marcos intermediários
- Equipe competente
- Comprometimento
- Visão e objetivos claros
- Equipe dedicada
- Infraestrutura adequada
Uso do software
Um dos pontos fortes do sistema é a integração entre os módulos. Os monitores, as operações e a navegação dentro do sistema são de tal forma padronizadas que, à medida que o utilizador se familiariza com um módulo, aprende mais facilmente e rapidamente
os demais. Os acessos às informações são realizados através de menus com utilização de senhas, permitindo que se controle quais os utilizadores que têm acesso a que tipo de informações. Além disso, os menus são customizados de forma que cada utilizador visualize e tenha acesso somente às operações que atendam aos objetivos específicos de seu interesse.
ERP comerciais
Os maiores fornecedores de sistemas ERPs são:
Venda mundiais de sistemas ERP empregados por empresas médias em 2005 e 2006 |
||||
|
Fornecedor |
Venda 2005 |
Venda 2006 |
Parte do mercado em 2006 (%) |
1 |
1.926 |
2.013 |
22,6 |
|
2 |
813 |
1.228 |
13,8 |
|
3 |
580 |
706 |
7,9 |
|
4 |
250 |
289 |
3,2 |
|
5 |
235 |
288 |
3,2 |
|
6 |
160 |
199 |
2,2 |
|
7 |
||||
8 |
ERP livres
Existem diversos sistemas de ERP como software livre. Ver exemplos em Anexo:Lista de software ERP.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/ERP
Conceitos Básicos
Com o avanço da Tecnologia da Informação as empresas passaram a utilizar sistemas computacionais para suportar suas atividades. Geralmente, em cada empresa, vários sistemas foram desenvolvidos para atender aos requisitos específicos das diversas unidades de negócio, plantas, departamentos e escritórios. Por exemplo, o departamento de planejamento da produção utiliza um sistema próprio e o departamento de vendas utiliza outro. Dessa forma, a informação fica dividida entre diferentes sistemas.
Os principais problemas dessa fragmentação da informação são a dificuldade de obtenção de informações consolidadas e a inconsistência de dados redundantes armazenados em mais de um sistema. Os sistemas ERP (Enterprise Resource
Planning) solucionam esses problemas ao agregar, em um só sistema integrado, funcionalidades que suportam as atividades dos diversos processos de negócio das empresas.
Os sistemas ERP surgiram a partir da evolução dos sistemas MRP (Material Resource Planning). Neles, foram agregadas as funções de programação mestre da produção, cálculo grosseiro de necessidades de capacidade, cálculo detalhado de necessidade de capacidade, controle do chão de fábrica, controle de compras e, mais recentemente, Sales & Operations Planning. Dessa forma, os
sistemas MRP deixaram de atender apenas as necessidades de informação referentes ao cálculo da necessidade de materiais, para atender às necessidades de informação para a tomada de decisão gerencial sobre outros recursos de manufatura. O MRP passou, então, a ser chamado de MRP II (Manufacturing Resource Planning - Planejamento de Recursos de Manufatura).
Como objetivo de ampliar a abrangência dos produtos vendidos, os fornecedores de sistemas desenvolveram mais módulos, integrados aos módulos de manufatura, mas com escopo que ultrapassa os limites da manufatura. Como exemplos foram criados
os módulos de Gerenciamento dos Recursos Humanos, Vendas e Distribuição, Finanças e Controladoria, entre outros. Esses novos sistemas, capazes de suportar as necessidades de informação para todo o empreendimento, são denominados sistemas ERP.
Estrutura típica dos sistemas ERP
Os sistemas ERP são compostos por uma base de dados única e por módulos que suportam diversas atividades das empresas. A figura abaixo apresenta uma estrutura típica de funcionamento de um sistema ERP. Os dados utilizados por um módulo são armazenados na base de dados central para serem manipulados por outros módulos.
Figura 1 - Estrutura típica de funcionamento de um sistema ERP.
Os módulos citados na figura acima estão presentes na maioria dos sistemas ERP. Além deles, alguns sistemas ERP possuem módulos adicionais, tais como: Gerenciamento da Qualidade, Gerenciamento de Projetos, Gerenciamento de Manutenção, entre outros.
Implantação de sistemas ERP
As funcionalidades dos módulos de um sistema ERP representam uma solução genérica que reflete uma série de considerações sobre a forma que as empresas operam em geral. Para flexibilizar sua utilização em um maior número de empresas de diversos segmentos, os sistemas ERP foram desenvolvidos de forma que a solução genérica possa ser customizada em certo grau.
Na implantação de um sistema ERP, a customização é um compromisso entre os requisitos da empresa e as funcionalidades disponíveis no sistema. Inicialmente, na maioria das vezes, os processos de negócio das empresas precisam ser redefinidos para que seus requisitos se aproximem das funcionalidades do sistema. Então, a primeira medida de customização é a seleção dos módulos que serão instalados. A característica modular permite que cada empresa utilize somente os módulos que necessite e possibilita que módulos adicionais sejam agregados com o tempo. Em seguida, para cada módulo, são feitos ajustes nas tabelas de configuração para que o sistema se adéqüe da melhor forma possível aos novos processos de negócio. Mesmo com a customização,
a solução pode não atender a alguns requisitos específicos das empresas. Nesses casos, as empresas precisam utilizar outros sistemas complementares ou abandonar seus requisitos específicos e adotar processos genéricos.
Por esse motivo, a decisão de implantação de um sistema ERP só deve ser tomada após uma análise detalhada dos processos da empresa e das funcionalidades dos sistemas ERP. Além disso, é muito importante que as empresas considerem, desde
o início da implantação, os impactos que a redefinição dos processos e a introdução do sistema terão na estrutura, cultura e estratégia da organização.
Benefícios da utilização de sistemas ERP
As utilização de sistemas ERP otimiza o fluxo de informações e facilita o acesso aos dados operacionais, favorecendo a adoção de estruturas organizacionais mais achatadas e flexíveis. Além disso, as informações tornam-se mais consistentes, possibilitando a tomada de decisão com base em dados que refletem a realidade da empresa. Outro benefício da implantação é a adoção de melhores práticas de negócio, suportadas pelas funcionaIidades dos sistemas, que resultam em ganhosde produtividade e em maior velocidade de resposta da organização.
Utilização de sistemas ERP no processo de desenvolvimento de produtos
Apesar de não possuírem um módulo específico para o processo de desenvolvimento de produtos, os sistemas ERP têm diversas funcionalidades que suportam as atividades desse processo dispersas entre seus módulos. Entre essas funcionalidades estão: gerenciamento de dados de produtos, gerenciamento da BOM (Bill of Materials), planejamento de processo macro, APIs para sistemas CAD (Computer Aided Design) e gerenciamento de fluxo de trabalho.
Na aplicação de sistemas ERP no desenvolvimento de produtos, devem ser analisadas as sobreposições de funções entre esses sistemas e os sistemas de engenharia (CAD/CAE/CAM/CAPP/PDM) e exploradas as possibilidades de integração entre eles.
RESUMO
Muitas empresas estão adotando Sistemas ERP devido a várias razões, tais como: decepção com sistemas incompatíveis, incapacidade do Departamento de Tecnologia de Informação em realizar a integração entre os sistemas existentes atualmente na empresa e outros motivos que influenciam diretamente a competitividade da Empresa. Neste contexto, este artigo apresenta as principais características de Sistemas ERP, suas vantagens e desvantagens, bem como os custos envolvidos na sua
implementação. Finalmente, as tendências e o futuro de Sistemas ERP sãocome ntados.
INTRODUÇÃO
No atual cenário empresarial mundial, as empresas buscam cada vez mais aumentar a sua competitividade, seja pela redução de custos, pela melhoria do produto, agregando mais valor ao produto e se diferenciando da concorrência ou se especializando em algum segmento ou nicho de mercado. A competição tem escalas globais, acontecimentos em países distantes podem trazer conseqüências instantâneas para a indústria local.
Os sistemas de informação estão em evolução contínua desde que os processos produtivos e a cadeia
produtiva começaram a despertar o interesse da alta administração. Em pouco tempo, houve uma evolução que consistiu no surgimento do MRP - Material Requirements Planning, passando pelo MRPII - Manufacturing Resources Planning e chegando ao Enterprise Resource Planning – ERP.
A tendência atual da área de sistemas de informações gerenciais é de não apenas visualizar a empresa isoladamente, mas toda a cadeia de suprimento, conseguindo realizar o planejamento estratégico e tático globalmente para a cadeia, além do operacional para a empresa.
Definição de Sistema ERP
A sigla ERP - Enterprise Resource Planning traduzida literalmente, significa "Planejamento dos Recursos da Empresa", o que pode não refletir a realidade de seus objetivos.
Os sistemas ERP fornecem rastreamento e visibilidade global da informação de qualquer parte da empresa e de sua Cadeia de Suprimento, o que possibilita decisões inteligentes.
Estes Sistemas, também chamados no Brasil de Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, controlam e fornecem suporte a todos os processos operacionais, produtivos, administrativos e comerciais da empresa. Todas as transações realizadas pela empresa devem ser registradas para que as consultas extraídas do sistema possam refletir o máximo possível a realidade.
Pode-se dizer que o ERP é um sistema integrado, que possibilita um fluxo de informações único, contínuo e consistente por toda a empresa, sob uma única base de dados. É um instrumento para a melhoria de processos de negócios, como a produção, compras ou
distribuição, com informações on-line e em tempo real. Em suma, o sistema permite visualizar por completo as transações efetuadas pela empresa, desenhando um amplo cenário de seus negócios.
ARQUITETURA E PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DE UM ERP
(a) Possuem uma arquitetura de software que facilita o fluxo de informações entre todas as atividades da empresa. É um
amplo sistema de soluções e informações;
(b) Através de um banco de dados único, operam em uma plataforma comum que interage com um conjunto integrado de aplicações, consolidando todas as operações do negócio em um simples ambiente computacional;
(c) Suas funcionalidadesrepresentam uma solução genérica que reflete uma série de considerações sobre a forma como as empresas operam em geral. Para flexibilizar sua utilização em um maior número de empresas de diversos segmentos, os sistemas ERP são
desenvolvidos de forma que a solução genérica possa ser personalizada em certo grau.
Uma das fases anteriores à implementação de um ERP é o desenho da nova arquitetura de processos da empresa. A integração e a visão por processos de negócios surge como meio potencializa dor para alcançar a eficiência e a sincronia das empresas no mercado
competitivo global. Nesta análise de processos, existem duas possibilidades a ser seguida, a reengenharia e/ou o
redesenho de processo: no processo de reengenharia parte-se de uma "folha em branco", modelando-se todos os processos; ou realiza-se uma remodelagem considerando os processos existentes e o conhecimento de seus executores.
O processo de implementação deve envolver a análise dos processos atuais do negócio e, principalmente, a possibilidade de modificá-los posteriormente.
A modelagem de processos tem por finalidade obter: uniformização do entendimento da forma de trabalho,gerando integração; análise e melhoria do fluxo de informações; explicitação do conhecimento sobre os processos, armazenando, assim, know-how
organizacional; realização de análises organizacionais e de indicadores (processos, financeiros e outros); e realização de simulações, apoiando a tomada de decisões.
Considera que a modelagem de processos de negócios "compreende um conjunto de atividades realizadas na empresa, associadas às informações que manipula, utilizando os recursos e a organização da empresa. Forma uma unidade coesa e deve ser focalizado
em um tipo de negócio, que normalmente está direcionado a um determinado mercado/cliente, com fornecedores bem definidos".
A utilização de sistemas ERP otimiza o fluxo de informações e facilita o acesso aos dados operacionais, favorecendo a adoção de estruturas organizacionais mais enxutas e flexíveis.
Além disso, as informações tornam-se mais consistentes, possibilitando a tomada de decisão com base em dados que refletem a realidade da empresa.
Outro benefício da sua implantação é a adoção de melhores práticas de negócio, apoiadas pelas funcionalidades dos sistemas, que resultam em ganhos de produtividade e em maior velocidade de resposta da organização.
Metodologia de Implantação
Existem três principais maneiras de implantar o ERP:
(a) Substituição Total e Conjunta (Big Bang)
- Neste tipo de implantação, que é o mais ambicioso e difícil método de implantação, as empresas substituem todos os sistemas legados ao mesmo tempo e implantam um único sistema ERP por toda a empresa. Embora esta metodologia de
implantação tenha predominado para as primeiras implantações, poucas empresas tiveram a ousadia de utilizá-la posteriormente.
Nesta metodologia é necessário mobilizar e paralisar toda a empresa e implantar todo o sistema de
uma única vez, o que exige um grande esforço da empresa, pois ninguém possui experiência em utilizá-lo, portanto não se consegue avaliar se o seu funcionamento está correto.
(b) Estratégia de Franquias (Franchising)
- Esta metodologia é utilizada na maior parte das implementações em empresas que não possuem muitos processos em comum entre suas unidades operacionais.
Sistemas ERP independentes são instalados em cada unidade, enquanto os processos comuns, como atualização de livros fiscais, são interligados entre as empresas. Em muitos casos, cada unidade operacional possui sua própria "instance" para o ERP (o que significa sistemas separados e banco de dados independentes).
Os sistemas se comunicam apenas para compartilhar informações necessárias para a empresa avaliar seu desempenho e a participação de cada unidade operacional; ou para procedimentos que não variam entre as unidades, como as políticas de benefícios dos funcionários.
(c) Método "Slam-dunk" - Neste método, o ERP define o planejamento de alguns processos-chaves, como os processos financeiros. Este método é utilizado, normalmente, em empresas pequenas que esperam crescer com o ERP.
O objetivo, neste caso, é implantar o ERP rapidamente e seguir os processos de reengenharia pré-modelados pelo sistema ERP. Poucas vantagens são conhecidas para implantar o ERP para substituir um sistema legado em processos específicos, já que o ERP é mais caro e os benefícios obtidos são muito reduzidos.
Pontos críticos do ERP
Alguns pontos e características importantes dos sistemas ERP devem ser cuidadosamente analisados no momento da aquisição e implantação dos mesmos:
(i) Eles são pacotescomerciais desenvolvidos a partir de modelos-padrões de processos, que não são específicos para uma determinada necessidade, e sim genéricos, podendo a empresa compradora de o sistema adequar-se ou não a eles.
Davenport (1998) afirma que "é o fornecedor que define o que é melhor, e não o cliente. Porém, em alguns casos as definições do sistema podem atender aos objetivos da empresa".
(ii) Eles integram todas as áreas da empresa, sendo este um grande ganho na utilização destas ferramentas. A empresa obtém integridade e confiabilidade nas informações adquiridas através do sistema, pois a entrada de um dado ocorre uma única vez
dentro do sistema, que a partir de então passa a atualizar automaticamente todos os módulos necessários.
(iii) Eles permitem a adequação das funcionalidades existentes no sistema às da empresa através do processo de parametrização. Este processo consiste na definição de diversos valores que são introduzidos no sistema com o intuito de dimensionar o perfil
da empresa e o comportamento do sistema.
(iv) Eles possibilitam o processo de personalização ("customização") de determinados processos de software que não se adaptam de maneira nenhuma à empresa, mesmo fazendo uso da parametrização.
A personalização é a adaptação do sistema às necessidades específicas da empresa, sendo necessário intervir com programas ou rotinas que se integram ao ERP. Muitas atividades da empresanão são contempladas pelo sistema, não bastando apenas configurá-lo através de parâmetros. Esta etapa nem sempre é realizada pela produtora do ERP, muitas vezes uma consultoria homologada e conhecedora da solução é contratada para este trabalho.
(v) Eles possuem custos elevados, destacando-se os custos de hardware e infra-estrutura computacional, de aquisição da licença de uso do ERP, de treinamento e consultoria para a implantação.
Um sistema de ERP apresenta muitas complexidades, sendo que sua implantação deverá ser realizada por profissionais que conheçam não somente o negócio da empresa, como também a solução escolhida. Geralmente as empresas optam por contratar consultores especializados no produto escolhido.
Também os usuários dos vários departamentos deverão passar por um período no qual os esforços serão
duplicados, uma vez que o trabalho deverá ser realizado paralelamente no sistema antigo (mesmo que manual) e no novo.
(vi) Os sistemas ERP desenvolvidos em outros países, adaptam-se à realidade brasileira no que diz respeito às obrigações
legais, através do processo chamado de localização. Pelo fato destas implementações representarem mudanças radicais nos sistemas, este é um ponto que deve ser muito bem avaliado.
(vii) Os fornecedores de sistemas ERP liberam periodicamente versões atualizadas (upgrades) que agregam melhorias, correções de problemas e erros do sistema. Este processo de atualização deve ser flexível e permitir a adequação da nova versão com
possíveis personalizações efetuadas no produto.
(viii) Os sistemas ERP forçam, na maioria das vezes, alterações nos processos produtivos e administrativos, pois é necessária tanto a adaptação do sistema aos processos da empresa, como a adaptação da empresa a determinados processos do sistema.
Estas alterações são complexas e podem causar, no início, uma série de inconvenientes, até que todos estejam adaptados à nova realidade. É válido ressaltar também que estas alterações de processos devem estar em conformidade com as estratégias da
empresa e seus objetivos de longo prazo, merecendo, portanto, grandes cuidados em sua implementação.
(ix) O ERP tem impacto sobre os recursos humanos da empresa, pois as pessoas terão que se preocupar com o processo como um todo e não apenas com a sua atividade específica. Devido à integração do sistema, um problema de uma área poderá se alastrar rapidamente para outros departamentos, existindo o risco de chegar a afetar toda a empresa.
O perfil dos profissionais muitas vezes será alterado, uma vez que se exigirá multidisciplinaridade e
conhecimentos que nem sempre os atuais funcionários possuem. A empresa deverá optar por reciclar seus profissionais, ou às vezes substituí-los.
Esta última alternativa é reforçada também pelo fato de que a partir da automação e, mais do que isso, das integrações entre os processos muitas atividades que eram realizadas manualmente, ou no sistema anterior, não serão mais necessárias.
Muitas vezes, pode ocorrer resistência interna à adoção do ERP, devido à desconfiança de perda de emprego, ou de poder, uma vez que haverá maior compartilhamento da informação.
(x) Sistemas ERP apresentam dificuldades no cumprimento de prazos de instalação e orçamentos, devido a: resistência por parte das pessoas, rotatividade dos funcionários que foram treinados no novo sistema ou que dominam o negócio da empresa, qualidade
dos recursos humanos internos e da equipe de consultoria contratada, limitações inerentes ao próprio produto ERP escolhido e dificuldade de integrar o ERP com outros sistemas existentes dentro da empresa ou corporação. Todos estes fatores não podem ser corretamente previstos com antecedência, no momento de elaboração dos cronogramas e orçamentos, e, por mais que se possam inserir margens de segurança, eles podem comprometer a credibilidade do projeto.
Os sistemas ERP são ferramentas extremamente caras e de difícil implementação se comparadas aos sistemas desenvolvidos alguns anos atrás. Deste modo, as justificativas de retornos de investimento são também bastante difíceis de serem defendidas.
Talvez os maiores problemas encontrados nas análises de investimentos sejam as dificuldades de mensuração das variáveis intangíveis, como a velocidade do fechamento de um balanço, a integração e a confiabilidade das informações, que se alteraram
significativamente com o uso de ferramentas ERP.
Fatores importantes para a implantação
A partir da experiência deuma grande empresa de consultoria na área de Tecnologia de Informação, está se propondo uma lista de 10 fatores; estes fatores foram os mais importantes na prática, no entender de componentes de várias equipes de profissionais, da
referida empresa, que vivenciam há algum tempo implementações de sistemas ERP:
1. Obter a participação ativa da alta gerência (Commitment);
2. Implementar o gerenciamento de mudanças buscando reduzir o "medo" dos usuários pouco informados;
3. Identificar os Usuários-chave, que são indispensáveis em seus respectivos departamentos;
4. Escolher com segurança para Gerente do Projeto (Gerente-Usuário) um profissional experiente e
respeitado, de modo a descaracterizar o ERP como um sistema da área de informática, e sim como um redesenho do modelo de gestão;
5. Planejar e realizar treinamentos;
6. Definir claramente os diversos papéis na implementação do sistema, através da união de conhecimentos
e esforços para o alcance do sucesso;
7. Adaptar o sistema à empresa e vice-versa, refletindo sobre a realidade atual da empresa ou a
utilização das melhores práticas (best-practices);
8. Escolher a consultoria adequada (know-how);
9. Garantir a qualidade (Quality Assurance);
10. Simplificar em todos os sentidos: na definição de modelos, no desenho da solução
Em um processo de implementação, o primeiro passo é determinar o escopo do projeto e a nova arquitetura de processo. Atualmente, durante esta definição, é comum utilizar-se o enfoque da reengenharia,ou seja, parte-se de uma folha em branco e tenta-se adaptar o sistema ao processo da empresa.
Custos do ERP
A decisão de implantar o ERP só deve ser tomada com base em um fluxo de caixa positivo, pois se tratam de projetos nos quais o período de retorno do investimento (payback) é muito longo e o investimento muito grande.
Uma empresa de consultoria realizou um estudo tentando encontrar o custo total de aquisição do ERP, TCO (Total
Cost of Ownership), incluindo hardware, software, profissionais envolvidos, serviços, e custos internos. Os números do TCO incluem a instalação do software e sua manutenção durante dois anos, período em que os custos de manutenção, atualização e otimização do software à empresa são realmente sentidos.
Na avaliação de 63 empresas, feita por empresa de classe mundial na área de Tecnologia de Informação, incluindo pequenas, médias e grandes indústrias, o valor médio encontrado para o TCO foi de 15 milhões de dólares (sendo o valor mais alto 300
milhões de dólares e o mais baixo 400.000 dólares). Outra estatística é o valor de $ 53,32 dólares por usuário durante o mesmo período.
Uma alternativa encontrada pelos fornecedores de ERP para reduzir o valor do TCO, na tentativa de investir
em pequenas e médias empresas, é a utilização dos ASP (Application Service
Providers) - Fornecedores de Serviços de Aplicativos.
A estratégia consiste em criar centros tecnológicos, com grande infra-estrutura de hardware e instalações de software, através dos quais as empresas alugam o hardware, as instalações do ERP e toda a manutenção necessária para o aplicativo. Com
esta estratégia, os investimentos necessários para a implantação do ERP apresentam uma sensível redução.
Embora diferentes empresas optem por diferentes maneiras de implementação e níveis de orçamentos para os projetos, de acordo com pesquisas realizadas por Koch, Slater e Baatz (1999), diversos custos poderão não ser bem estimados, alguns deles encontram-se descritos abaixo:
a) Custos de Treinamento: é o item mais exclusivo com relação aos custos envolvidos na implantação de um sistema ERP, pois seu orçamento inicial sempre se encontra abaixo das reais expectativas. Os custos de treinamento são altos porque os recursos humanos envolvidos necessitam aprender uma nova série de processos, além da nova interface de software.
b) Custos de Integração e testes entre o pacote ERP instalado e os outros softwares corporativos existentes na empresa: devem ser estudados caso a caso e ser encontrada uma solução para a correta integração. Esta solução pode ser baseada em personalização do ERP, ocasionando custos não estimados no orçamento inicial.
c) Os Custos das Conversões de Dados: estão relacionados às informações corporativas, tais como registros de fornecedores e clientes, produtos, movimentos em aberto e outros que serão migrados dos sistemas existentes para o novo sistema.
Normalmente as empresas negam que estes dados se encontram com problemas ou são inconsistentes, mas o que ocorre normalmente é inúmeros problemas no processo de adequação às necessidades e modelos exigidos pelo ERP. Logo, os custos não são estimados para este tipo de trabalho e dificuldades que geralmente ocorrem no processo.
d) Custos com Horas de Consultoria: quando não planejados pelos usuários, tornam-se extremamente
difíceis de estimar.
Para evitar este tipo de problema, as empresas devem identificar os objetivos para cada parceiro contratado, e este ser cumprido enquanto o pessoal interno é treinado, além de estabelecer medidas no contrato dos consultores que obriguem o aporte de
conhecimento a um número determinado de pessoas internas da empresa, para que se tornem multiplicadores dentro do projeto como um todo.
e) Custos com Pessoal: sabe-se que o sucesso da implantação de um sistema ERP depende das pessoas envolvidas,
que devem ser as melhores, com conhecimento aprofundado do negócio, e as mais brilhantes, com conhecimento de tecnologia da informação.
O software é demasiado complexo e as mudanças no negócio são drásticas, tendo que muitas vezes a empresa optar por substituir boa parte do seu quadro de pessoal gerando custos não mensurados.
A maioria das empresas pretende tratar a implementação do ERP como outro projeto de software qualquer; mas, uma vez que o sistema é instalado, o time de trabalho não irá de maneira alguma retornar às atividades anteriores do seu dia-a-dia, pois se
tornam recursos valiosos devido a sua intimidade com o projeto.
Essas pessoas acabam conhecendo mais sobre o processo de vendas do que os próprios vendedores e mais sobre o processo de manufatura que os colaboradores da área. Infelizmente, as empresas não planejam a atuação destes recursos humanos no período
pós-implantação, e acabam tendo que contratar novos colaboradores logo após o início de operação do ERP.
f) Retorno do investimento - ROI (Return of Investment): um dos grandes enganos que a gerência pode cometer é
esperar que a empresa recupere os valores gastos com a implantação do sistema ERP tão logo a aplicação seja instalada e operacionalizada. A maioria das empresas não obtém retorno do investimento enquanto não executar a solução por algum tempo, incluindo melhorias nos processos de negócio que foram afetados pelo sistema.
Tendências de Mercadopara o ERP
Dentre as principais tendências e novidades incorporadas pelos principais fornecedores de ERP, pode-se destacar:
(i) Foco nas Empresas de Pequeno e Médio Porte (Small/Middle Market): Atualmente, especialmente no Brasil, o principal alvo das produtoras de sistemas ERP é o chamado "small/middle market”, composto por empresas de pequeno e médio porte.
A classificação do que é uma empresa média varia muito de acordo com o fornecedor de ERP, mas de forma geral engloba as empresas com faturamento anual na faixa entre U$$ 10 milhões e US$ 300 milhões.
Algumas empresas fornecedoras de ERP, que realizavam somente vendas diretas, realizaram parcerias com outras empresas (muitas vezes brasileiras) para realizar vendas através de outros canais, procurando aumentar, assim, sua capilaridade.
O valor a ser cobrado de uma empresa de pequeno e médio porte não será o mesmo de uma empresa de grande porte, decorrendo deste fato uma tendência de queda nos atuais níveis de preços dos sistemas ERP.
(ii) Internet: Uma grande tendência entre os fornecedores de ERP é a gradual incorporação de módulos que possam ser operacionalizados via Internet, permitindo a prática do comércio e outras práticas empresariais, por meio eletrônico (e-business).
Outra funcionalidade que está sendo agregada aos sistemas ERP são os módulos de e-procurement, que visam auxiliar os departamentos de compras e os processos de cotações, realizando a procura por fornecedores pela Internet, e dando suporte a todo
este processo.
(iii) Business Intelligence (BI): é um termo genérico para aplicações, plataformas, ferramentas e tecnologias que suportam o processo de exploração de dados de negócio e análise de suas correlações e tendências. Aplicações de BI conferem às empresas meios para coletar e preparar dados com o objetivo de facilitar a geração de relatórios, análises e tomada de decisão.
Segundo estimativas doInstituto de Pesquisa Gartner Group, os gastos com BI chegarão a US$ 8,4
bilhões em 2002 (COMPUTERWORLD, 1999). É inegável, portanto, a sua importância, sendo que todos os principais desenvolvedores de ERP ou já implementaram ferramentas de BI, ou as estão implementando.
Muito já se comentou na área de tecnologia da informação a respeito de grandes depósitos de dados (Data Warehouses), e sobre ferramentas de extração (Data Mining) destes dados, mas antes da disseminação dos ERPs, as bases para a implementação destes
conceitos e ferramentas não possuíam a viabilidade hoje existente.
Todos os principais sistemas ERPs do mercado já incorporaram funcionalidades relacionadas com a cadeia de suprimentos (Supply Chain), vendendo a idéia que após a integração dos processos internos da empresa, surge a necessidade de se
integrar toda a cadeia.
Estes recursos apóiam-se fortemente na Internet, uma vez que com a evolução da globalização as relações comerciais ultrapassam as fronteiras dos países, o que torna a Internet um meio de comunicação extremamente barato e viável para este tipo de aplicação.
Pode-se ilustrar essa situação por meio de um exemplo simples: após a identificação da demanda do cliente, o ERP indica que existe uma necessidade de material e é criada uma ordem de compra contra determinado fornecedor; havendo a integração dos ERPs da
cadeia de suprimentos, esta ordem é enviada ao ERP do fornecedor como um pedido de venda; este fluxo de informações permite que o próprio cliente alerte ao fornecedor, através de seu ERP, sobre demandas não-programadas.
Trata-se da operacionalização do "DataBase Marketing", no sentido de, através da base transacional e de todas as informações disponíveis sobre os clientes, realizar análises que permitam um atendimento diferenciado, identificando necessidades e tendências de grupos de consumidores, além de facilitar a fidelidade dos clientes.
Os módulos de CRM podem incorporar também a automação da força de vendas, atualizando "notebooks" ou simples agendas eletrônicas, suporte ao "call center", telemarketing e vendas via internet, entre outras funcionalidades.
Futuro do ERP
A grande base de dados de sistemas ERP, depois de instalada, pode ser manipulada por várias lógicas. Para determinadas empresas, a lógica de MRP II pode ser a mais interessante parandeterminada fábrica ou setor. Já para outra fábrica ou setor, pode ser mais
interessante adotar uma lógica de programação finita.
A partir do banco de dados, com os algoritmos adequados embutidos nos vários módulos disponíveis, será possível utilizar as lógicas mais adequadas para sua manipulação, para as diversas realidades encontradas de uma empresa que adote os sistemas ERP do
futuro.
No futuro, os módulos migrarão para uma situação "plug-in"; por exemplo, se for necessário um módulo com algoritmos de programação finita, o módulo se conectará a ele, e fará uso da base de dados para gerar sugestões da ação mais adequada às necessidades particulares em questão.
Acrescentam ainda que é "importante frisar que esta não é uma situação que encontramos hoje perfeitamente embutida em nenhum dos ERP's disponíveis no mercado". Entretanto, há razões para se crer que, num futuro não muito distante, ter-se-á este tipo de configuração nas soluções de software mais avançadas.
Neste sentido, é importante destacar que é falso o temor de algumas empresas sobre o ERP ser um esforço em vão, e que uma nova lógica possa surgir tornando obsoleta a solução adotada no momento. Por se tratar basicamente de uma grande base de dados, esta
será sempre necessária, qualquer que seja a lógica que se use para manipular os dados que ela contém.
A implantação de sistemas ERP é normalmente complexa, e sua duração pode chegar até três ou quatro anos.
Por este motivo, na maioria das implantações, o sistema é dividido em módulos, e apenas alguns módulos são implementados em cada etapa.
A definição de prazo destes projetos é um dos fatores mais críticos observados atualmente pelos clientes. Os prazos e cronogramas nunca são cumpridos, o que acarreta muitos custos adicionais ao cliente, gerando forte grau de insatisfação.
Deve-se comentar que na evolução dos Sistemas de Tecnologia de Informação, após a consolidação do e-business, a nova onda se refere à Colaboração nas Cadeias de Suprimentos.
Neste estágio de evolução, fala-se nos novos conceitos de e-ERP e e-BI como ferramentas fundamentais para a automação da decisão e a efetiva colaboração entre os sistemas das empresas componentes das cadeias de valor envolvidas.
Há muitas críticas aqui citadas sobre implementações tradicionais de ERP, tal como a sua inflexibilidade em não atender requisitos específicos de determinadas empresas, tem-se proposto como alternativa às empresas que desejam investir em Tecnologia
de Informação o uso da "Estratégia da Melhor Criação".
Referências Bibliográficas
Fonte: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65132005000100009&lng=pt&nrm=iso
Fonte: https://www.erpconsultoria.com.br/erp_conceitos.htm
Fonte: https://www.erpconsultoria.com.br/erp_escolha.htm
Fonte :https://www.numa.org.br/conhecimentos/conhecimentos_port/pag_conhec/erp_v2.html
Fornecedores de sistemas ERP:
Baan – https://www.baan.com
Datasul - https://www2.datasul.com.br/
JD Edwards - https://www.jdedwards.com/
Microsiga - https://www.microsiga.com.br/
MKGroup (Computer Associates) - https://www.mkgroup.com/
Oracle - https://www.oracle.com/applications/
Peoplesoft - https://www.peoplesoft.com/
SAP - https://www.sap.com/
SENIOR SISTEMAS -
https://www.senior.com.br/
eGESTOR - https://www.egestor.com.br.